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Descobri o meu lugar ao sol

Faço parte da Associação Gap Year Portugal há um mês e parece que estive aqui a minha vida toda. Da noite para o dia, literalmente, a minha vida mudou e passei a fazer parte de uma família que me mostrou que sair da minha zona de conforto tem muito mais de confortante do que podia imaginar e que me vai trazendo aos poucos a abertura de espírito e a vontade de deixar de ter medo de tudo que tanto procurava.

a equipa da gap year portugal em vilamoura

Quando digo que foi da noite para o dia em sentido literal não vos estou a querer enganar. Foi mesmo. Soube numa quinta à noite que tinha sido selecionada para fazer parte desta família de voluntários e na sexta de manhã já estava a meter roupa numa mochila para partir com eles à aventura.

E comigo, Joana, vieram mais seis novos voluntários. A Matilde, a Inês, a outra Inês, a Marta, o Erik e o João. Todos muito diferentes, mas todos com esta nossa nova missão em comum. E com aquele sorriso tímido de quem pisa um novo palco pela primeira vez.

Ninguém nos disse para onde íamos, mas mesmo assim não hesitamos. Mochila feita, snacks para a viagem tratados, sacos-cama a postos e tudo a entrar para os carros a caminho de um fim de semana de integração com a equipa. Depois de partilharmos comida nos carros, o que expulsou logo metade da timidez com que tínhamos chegado, parámos naquela que ia ser a nossa casa nos dois dias seguintes.

Vilamoura, Algarve, Portugal

Chegámos já a noite ia longa, mas não tardamos a quebrar o gelo. Todos sentados à volta de uma mesa com o melhor bolo de banana que comi na vida (temos pessoas muito prendadas na equipa), falámos um pouco de nós. Ficaram todos a saber que me candidatei à associação para aprender a combater os meus medos e que uso meias com os padrões mais estranhos que possam imaginar. Eu fiquei a saber que há mil e uma vidas diferentes da minha e que, embora os nossos sonhos sejam tão diferentes, que a partir daquele momento iríamos estar todos a defender uma causa juntos, iríamos todos ajudar a quebrar com os estereótipos de percurso que nos são impostos desde crianças. Ah! Também há quem seja um exterminador implacável de melgas.

Depois de uma noite em que partilhamos quarto com pessoas que tínhamos conhecido há uma hora, muito no seguimento daquilo que um gapper enfrenta quando vai para um país desconhecido e conhece pessoas de diferentes mundos num quarto de um hostel, já nos começávamos a sentir parte do grupo.

E foi em grupo que começaram as atividades. Começámos com um número aleatório, agrupamo-nos a pessoas com o mesmo número que nós e passados alguns minutos demos por nós às cavalitas de alguém com quem só tínhamos trocado um breve olá. Era mesmo esse o objetivo, dir-te-á a nossa equipa de Recursos Humanos. Levar-nos a um regresso à infância onde as amizades surgiam da maneira mais fácil e descontraída possível. 

Foi naquele primeiro dia que aprendi que ninguém está aqui para julgar os outros. As perspetivas, os sonhos e as diferentes experiências de vida de cada um dos elementos da equipa de voluntários fazem com que as vantagens competitivas de cada um de nós sobressaiam e sejam aproveitadas em prol do grupo. Foi naquele primeiro dia que aprendi que todos temos o nosso papel na associação e que foi por isso que nos recrutaram, porque viram o potencial dos sete em bruto.

Descobri também ali que não sou só eu a ver magia no pôr-do-sol. Depois de um dia de partilha, desde jogos a refeições e a histórias de vida, o sol quente com que o Algarve nos brindou começar a pousar e bastou alguém perguntar se alinhávamos em ir ver o pôr-do-sol à praia para os carros se começarem a encher. Chegados à praia, tivemos o nosso momento de reflexão. Tínhamos entrado no “Universo Gap Year” e a nossa vida ia mudar para melhor. Já éramos parte da família, já éramos parte do grupo de voluntários que há uns anos se uniu para que as gerações mais jovens se tornem mais autónomas, mais preocupadas com o outro, mais conscientes do seu papel no mundo. Também tivemos festa pela noite fora, ou não fôssemos nós jovens entre os 18 e os 35 anos cheios de vontade de celebrar todas as pequenas vitórias. Mas não foi só isso que fez com o que nós, os sete novos voluntários da equipa, nos sentíssemos em casa. Foi não nos sentirmos sozinhos uma única vez naquele fim de semana, foi conhecermos os diferentes percursos de toda a equipa e percebermos que não há um padrão definido, foi entendermos que nem todos precisamos de fazer um gap year ou de ter os recursos para tal para podermos ajudar quem o queira fazer. Afinal de contas, ajudar os outros também nos ajuda a nós.  

Eu descobri o meu lugar ao sol na Gap Year Portugal. Está atento nos próximos dias e vem descobrir o teu também.

Por Joana Firmino Ribeiro

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